sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Faz Parte do Meu Show.


“Uma biografia de alguém muito especial e que viveu de forma especialmente exagerada... Rebeldia somada a sexo, drogas e muito rock’n’roll identificam as pegadas de alguém que soube viver a sua maneira: curtiu como sabia e viveu como podia... Seu canto foi a voz de uma geração; sua poesia, o retrato de uma época; sua irreverência, o anseio da juventude... O show prossegue, e a vida também. Luzes, música, poesia: o show deve continuar.”

O livro foi escrito por Robson Pinheiro , mas, o verdadeiro autor, por motivos de direitos autorias, preferiu não se identificar. Faz Parte Do Meu Show foi definido como um romance que fala de coragem, de arte, de música da alma, da alma do rock e do rock das almas. O jeito extravagante do artista retratado nessas páginas, todas suas formas de expressão, os exageros e o “ponto final” chamado HIV, revelam sua identidade com clareza. Ao longo das páginas, outros artistas fantásticos também aparecem, como; Raul Seixas, Carlos Drummond de Andrade, Elis Regina e o Chacrinha (isso mesmo, aquele da “Terezinha!”).

“Sei que este trabalho causará polêmicas, discussões e rebeldia. Afinal de uma forma ou de outra, todos somos rebeldes, exagerados... aprendizes... E, como principiantes, ao compor a música de nossas experiências, erramos, gritamos ou choramos. Exageramos nas atitudes e nos punimos ao realizar o próprio julgamento, no tribunal de nossas consciências...”

A obra transmite variados tipos de emoção e pensamentos ao leitor; podendo fazer sorrir, refletir, questionar, duvidar ou até chorar. Seu objetivo não foi provar nada para ninguém e apesar de alguns acharem, esta obra, não tem nada a ver com religiosos ou qualquer religião específica. Em relação a estas últimas questões, aliás, nem vou fazer muitas observações neste post, pois, obviamente, é um assunto muito complexo para ser discutido com profundidade em apenas algumas linhas. No meu caso, essa história de vida e morte, pode assim se dizer, funcionou para mim como uma espécie de reafirmação, deixando claro o real significado dessa vida, bem como minha relação estabelecida com as “instituições” e todos símbolos mais significativos da nossa sociedade.
Ao contrário do que muitos pensam, não devemos seguir um modelo de como devemos viver, agir. Precisamos viver. As palavras “certo” e “errado” possuem um peso enorme na nossa vida e, infelizmente, são normalmente aplicadas da forma mais ditatorial possível. Em geral, passamos a vida procurando algo que está dentro de nós, a felicidade. (Neste momento me parece importante deixar claro que o livro não é de auto-ajuda). Acima de qualquer coisa, precisamos saber que temos o real poder de modificar nossa vida e fazer as coisas do nosso modo, mas, sempre tendo em mente que estamos num cenário aparentemente pouco gentil, chamado Planeta Terra, e, devemos aprender o máximo possível dentro dele, sendo a consciência nosso eterno juiz.
No final, as coisas que fizemos, o modo como agimos e vivemos, tudo isso fará, eternamente, "parte do nosso show”.